Situada no concelho de Castro Marim, no distrito de Faro, a freguesia de Altura foi criada pela Lei n° 17-E/93, de 11 de Junho, pela sua desanexação da de Santiago de Castro Marim. Altura tem por orago o Imaculado Coração de Maria.
O topónimo "Altura" deriva de "alto", no sentido de "outeiro" ou "colina", contudo, e como muitas outras povoações do país, também nesta freguesia existe uma versão popular ou tradicional que explica a sua origem.
Segundo a tradição, a origem do topónimo deve-se a uma taberna que existiu no local e que pertencia a um homem chamado Corvo, isto porque antigamente, eram muitos os carregadores que transportavam o atum de Tavira para as fábricas de Vila Real de Santo António e sempre que passavam por Altura, perguntavam a alguém onde seria o melhor local para fazerem uma pausa, ao que a resposta era invariavelmente, "por alturas do Corvo". Foi deste modo que a designação "Altura do Corvo" se foi simplificando e abreviando para o atual Altura.
A origem do povoamento de Altura é por certo muito remota, dada a sua localização numa área muito explorada por povos antigos. Depois da ocupação muçulmana, a freguesia foi reconquistada em 1242 por D. Paio Peres Correia, fronteiro-mor no Algarve. O repovoamento da freguesia e de todo o território do seu concelho, Castro Marim, deu-se no ano de 1277, por ação do rei D. Afonso III.
Atualmente, a freguesia de Altura é um ponto de passagem obrigatório para quem faz o circuito do sapal de Castro Marim, cuja vegetação é dominada por inúmeras espécies vegetais; no que diz respeito à fauna, na Reserva Natural protege-se uma população variada de aves aquáticas, facto que lhe confere um inegável valor ornitológico, no qual têm maior destaque o pernalonga, cuja colónia é a mais importante do nosso país, e a cegonha-branca, pelo número de ninhos ocupados.
Nas atividades económicas destacam-se na freguesia as de carácter rural; a agricultura, com o cultivo da vinha e de cereais, como o trigo, a cevada e a aveia, e a pecuária, especialmente a criação de gado ovino e bovino, são as mais praticadas pelos habitantes de Altura. A par destas, praticam-se outras atividades, como a piscicultura, a salicultura e a pesca artesanal, que apresenta algum peso na economia local, já que dezenas de pescadores da zona vivem exclusivamente desta riqueza, que contribui também de forma determinante na gastronomia da freguesia.
Assim se deduz que a agricultura ocupa grande parte da população da freguesia, sobretudo na zona Norte, onde as explorações de carácter intensivo dão excelentes resultados, constituindo uma atividade bastante compensadora; igualmente de grande importância na economia, são as atividades relacionadas com o turismo.